Paz na Querência-amada do Patrão Santo
Hermanos e hermanas de meu pago sulino!
Peões e prendas deste rincão!
Vou-lhes falar do desatino,
com que o homem destrói a criação.
O Patrão Santo a tudo criou.
E nos deu esta lida de peão.
De tal forma nos ordenou:
Cuide deste planeta que é o nosso chão.
Muito além de nosso pago gaúcho,
o mundo é nossa querência.
Que o Patrão Santo nos deu por providência.
Prá que agüentássemos o repuxo.
O cuidado com a toda a Criação,
desde os tempos de adão,
assim tem sido a nossa lida.
Que apesar de mui sofrida,
também traz muita bem-ação.
Céus e terra,
o pampa e as coxilhas.
As flores das maçanilhas,
perfumando a primavera.
O ar puro da serra.
As sangas, os rios e os mares,
Deus te deu, peão e prenda, para cuidares.
O gaúcho se orgulha de sua terra.
Por este rincão até faz a guerra,
Em defesa da vida e por amor aos seus.
Mas não por despropósito ou desatino,
forja seu próprio destino.
Busca a paz na terra e dá glória a Deus
Teu pingo, teu rebanho, teus animais.
Os rios e seus mananciais.
Os peixes nos rios e cascatas.
Os bichos e o verde das matas.
Cada vivente, “además”,
eis a missão a que Deus te traz:
Que em fé tu promovas a paz.
Mas a criação geme em dores de parto.
Pampas, coxilhas, planaltos.
Destruídos num sobre salto.
Pela ganância daqueles que já estão mui fartos.
Enquanto de fome outros se lamentam.
Há mães que de parco leite amamentam.
Breteadas pela carestia do alimento
Da terra já não tiram o sustento
Na falta da solidariedade morrem de fome seus rebentos.
Palmo a palmo, chão a chão.
Os ambiciosos fazem a devastação.
O animal silvestre inocente
morre de sede e de fome.
Eis o pecado do homem:
Desconsidera a lida normal de peão.
Depreda a natureza
sem ter por Deus consideração.
O transgênico, a queimada e o veneno
e já não se sabe plantar de outro jeito.
Perdeu-se todo o respeito
pelo que é limpo e sereno.
Troca-se o natural pelo que é artificial.
E a lida do peão bagual
poucos sabem fazer direito
Nossos rebanhos pelos potreiros e campos.
Precisam ser manejados com Inteligência.
Prá que não falte na querência
o resguardo do que amamos tanto.
Pois esta terra – o nosso canto
requer de nós o cuidado
prá que não seja mal logrado
Este rincão do Patrão Santo.
Muitos acumulam e esbanjam as sobras.
Vai que um dia a natureza se cobra?
Hoje em terremotos a terra se dobra.
Enchentes, desmoronamentos e tempestades.
Causando muitas calamidades.
É tempo de mudar esta realidade; essa é a dura hora de dizer a verdade.
Preservar, deixar viva a tradição.
Eis a nossa vocação.
Educação e vivência ao invés de só televisão
Contato da gurizada com a criação
Pé no chão, natureza
Banho de rio, sanga limpa, ar puro e beleza
Afastar-se da avareza,
que destrói por malvadeza,
o nosso vasto mundão.
Antigamente se perguntava na querência:
Que terra vamos deixar prá nossos filhos?
Hoje se pergunta com veemência: Que filhos vamos deixar prá nossa querência?
Para botar tudo de volta nos trilhos.
Nós, nossos filhos e os filhos de nossos filhos...
Indiada: esta é a única solução:
Abrace cada um a seu irmão lute pela paz na Criação.
Campeie simplicidade
Ao invés da correria da cidade
Valorize o homem do campo!
É a vontade do Patrão Santo
Te alimentes com saúde
Não te iluda!
Preserves a virtude
Dessa gente macanuda
Deus nos deu “esse mundo” - um lar!
Que é nosso rancho e potreiro
Colocou-nos aqui como peão posteiro
Prá palanquear, resistindo contra o mal.
Lutar contra o caudilho infernal.
Usando as armas da verdade.
Pela paz pelear!
Expressar a sinceridade.
Viver, deixar viver e amar.
Por isso, atente prá mais este chasque.
Que o amor ninguém tasque.
E antes que o mundo se lasque.
Olhe à tua volta irmão.
Veja bem a situação, temos um só patrão.
Ninguém é mais e nem é menos.
Valorizemos os pequenos e conservemos a noção:
O homem e a mulher são iguais, perante Deus na criação.
Em dignidade parelhos: são a prenda e o peão.
Pro Patrão Velho não tem espaço prá nenhum um tipo de discriminação.
Paisano de meu rincão.
Fica aqui esta mensagem.
Que digo com coragem:
Preserve a criação!
O Divino Patrão precisa de ti, prenda e peão.
Porque se não pararmos com a destruição,
Sujeira, Lixo e contaminação.
Não haverá da vida a continuação
Por isso te empenha vivente.
Sirva a Deus mui contente.
Lute de peito aberto e valente.
Cuide do que Deus te deu à mão.
Evite fazer a poluição.
Cuide deste chão.
Para que haja paz na Criação.
Amém!
Versos: Pastor Marcos Cesar Sander
Celebração: Pastor Marcos e Pastora Neida Sander
S.D.G.
terça-feira, 3 de maio de 2011
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